Biólogo pode? Sucesso Total TCC 2009




Dia 19.11.2009 – apresentação e defesa do TCC da Mariana, Alessandra e Felipe... Foi um sucesso total e os três fecharam com muito louvor a etapa de aprendizagem do que é ser um cientista e já começam com sucesso a etapa de aplicarem o que aprenderam e serem biólogos. Os três são pessoas excelentes, educados, carinhosos e gostosos de conviver. Como profissionais são idealistas, guerreiros, topam desafios, são excelentes leitores, têm espírito critico e são incansáveis... será essa a fórmula do sucesso? Minha maior satisfação foi eles mostrarem ontem que o biólogo pode fazer muito mais pela nossa sociedade.... fazer muito mais pode parecer um pouco doido para um biólogo, pois vocês devem estar se perguntando se já não basta dar conta de todos animais, todas as plantas, todos os fungos, todos os microorganismos, todas as células... ainda vamos nos responsabilizar pelo comportamento humano???? Não tem como ajudar o planeta a continuar vivo, sem conhecermos os aspectos biológicos que permeiam o comportamento humano, para então com educação mudarmos a concepção. A educação ambiental não tem logrado muitos resultados, pois envolve um processo muito mais complexo do que apenas a informação, ela envolve o despertar da autoconsciência para o papel no mundo. E como vamos fazer isso com uma espécie que é exploradora na sua essência? Aliás, esse foi o encaminhamento do debate show que tive com o 7º período de Bio essa semana. A partir do momento que conhecemos o que nos move podemos mudar para melhorar nosso bem-estar nessa sociedade recente, louca e totalmente conflitante com nosso corpinho de 100.000 anos? A partir do momento que conhecemos o que nos faz diferentes, podemos aceitar que a natureza nos quer diferente e assim sermos mais tolerantes? E ainda mais, poderemos nos encantar com todas a nuances de cores que a natureza utiliza para compor sua sinfonia de vida? O conhecimento nos liberta? De fato, as emoções que vivi ontem me deixaram inspirada.... Deixo abaixo o resumo das monografias dos meus três novos biólogos bizunguentos... e aguardem que em breve sairão os artigos....

Bem-estar Animal: entre a teoria e a prática

Animal Welfare: between theory and practice

Mariana Monteiro Kugler Batista; Marta Luciane Fischer.

NECP-PUCPR

mariana_kugler@hotmail.com

O bem-estar animal é caracterizado como uma ciência nova, ainda não apresentando conceito definido, embora considere-se que bem-estar animal aquilo que é bom do ponto de vista do animal. Informações, reflexões e estudos científicos ainda são recentes, sendo mais teóricos do que práticos e havendo um desequilíbrio na aplicação em diferentes áreas. O objetivo do trabalho foi identificar diferentes visões teóricas e práticas do BEA. Para isso foi realizado levantamento de informações disponíveis sobre o tema e entrevistas abertas com profissionais das áreas de produção e conservação. O número de informações sobre BEA cresceu nos últimos anos, mas muitas delas são superficiais e a produção animal foi o assunto predominante, sendo que entre os profissionais, existem visões distintas entre o BEA e sua aplicabilidade relacionadas com o fim para qual se destina a criação do animal. O bem-estar animal precisa se desenvolver em diferentes áreas para cumprir seu papel ético e para isso é necessário que informações corretas sejam amplamente divulgadas em todas as esferas da sociedade em que há convivência entre homens e animais.

Palavras-chave: internet, animais de produção, animais de cativeiro.


SOCIOBIOLOGIA: AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO E APLICABILIDADE NOS DIAS ATUAIS

SOCIOBIOLOGY: AVALIATION OF KNOWLEDGE AND APPLICABILITY IN THE PRESENT DAYS

Alessandra Wescher Condessa¹; Marta Luciane Fischer²

NECPUCP / Bacharelado em Biologia / CCBS. E-mail: pixie_p_f@hotmail.com

A sociobiologia foi criada em 1975 por Edward Wilson que se propôs a explicar o comportamento social humano de forma biológica. Com o avanço das neurociências vários pontos polêmicos levantados por ele tem sido comprovados, no entanto questiona-se como a sociobiologia é exposta e compreendida atualmente por diferentes profissionais. Para responder essas perguntas foi analisada a divulgação científica e popular da sociobiologia e verificado como profissionais e estudantes dos cursos de biologia, psicologia e sociologia interpretam temas tradicionalmente abordados por essa área. Os dados do presente estudo permitiram estabelecer um panorama de como a sociobiologia está sendo abordada 30 anos depois da sua origem, com o aumento de informações e prevalência de tópicos relativos à sexualidade. Profissionais da sociologia, psicologia e biologia interpretaram ambiguamente comportamentos polêmicos abordados na época como a agressividade, a sexualidade, o altruísmo, o apego, a formação de grupo e a espiritualidade. Porem, o ambiente interage com os genes criando a base do comportamento, não possibilitando com isso a diferenciação do fator biológico e cultural. Os seres humanos são oriundos deste processo biológico, em que comportamentos existentes desde o inicio da evolução da espécie estão presentes até a atualidade.

Palavras-chave: comportamento humano, influência biológica, influência social.

ANÁLISE DOS NICKNAMES COMO SUBSTITUTOS DA LINGUAGEM NÃO-VERBAL NA FASE DE PRÉ-CORTEJO EM AMBIENTES VIRTUAIS

ANALYSIS OF NICKNAMES AS SUBSTITUTES OF NON-VERBAL LANGUAGE IN THE PRE-COURTSHIP IN VIRTUAL ENVIRONMENTS

Neves, F.M. & Fischer, M. L. NECPUCPR Email: fmarcelneves@hotmail.com

A seleção sexual se baseia muito no reconhecimento físico, olfativo e visual para ocorrer a união entre fêmeas e machos. A falta dos elementos presentes em um contato real no ambiente virtual, tais como a linguagem não-verbal faz com que a comunicação através da escrita, sinais (símbolos) e simulação de faces seja fundamental. Assim, objetivou-se analisar os nicknames como substitutos da linguagem não-verbal na fase de pré-cortejo em ambientes virtuais. As coletas de dados e os testes foram realizados em três etapas: Categorização de nicknames em chats, uso de emoticons e análise de perfis online. Os resultados do presente estudo caracterizaram o meio virtual como um ambiente aonde provavelmente padrões biológicos inconscientes de reconhecimento são mantidos e os nicknames substituem os elementos físicos, porém apesar de ocorrer a substituição da linguagem não-verbal com diversos caracteres e também a manutenção de grupos ser similar a realidade, a possibilidade de ocorrência de manipulação verbal é extremamente forte. O ambiente virtual pode ser considerado uma extensão da realidade, aonde os usuários se utilizam de manipulação da linguagem não-verbal por meio da escrita para beneficio próprio e recebem influência cognitiva inconsciente de palavras. Estes mecanismos são provavelmente sinais universais importantes para identificação dentro do grupo que utiliza determinada linguagem.

Palavras-chave: Ciberespaço, etologia humana, seleção sexual.