Blog de discussão e aplicação de conhecimentos científicos no dia-a-dia, destinado para alunos e interessados na Ética Prática, Dialogante e Multidisciplinar própria da Bioética!
domingo, 5 de abril de 2009
Mais uma para assumir o controle...
Controle remoto de humanos
Semana passada o programa Domingo Espetacular da Record apresentou uma matéria super interessante sobre audição. A reportagem mostrava o funcionamento do sistema vestibular responsável pelo equilíbrio durante a locomoção. O aparelho vestibular detecta as sensações relacionadas com o equilíbrio e é composto por um labirinto ósseo contendo o labirinto membranoso, que constitui a parte funcional do aparelho. O labirinto ósseo é composto ainda por uma cavidade central de forma irregular: o vestíbulo. Este é composto principalmente do ducto coclear, de três canais semicirculares e de duas grandes câmaras conhecidas como utrículo e sáculo. O ducto coclear é a principal área sensorial para a audição e não tem nada a ver com o equilíbrio. Todavia, o utrículo, o sáculo e os canais semicirculares são todos partes integrantes dos mecanismos responsáveis pela manutenção do equilíbrio (Guyton, 1992)” Assim, Entre o labirinto ósseo e o labirinto membranoso existe um fluído chamado de perilinfa. (http://www.biociencia.org/index.php?option=com_content&task=view&id=85&Itemid=72).
A novidade está no desenvolvimento por cientistas Japoneses de um controle-remoto capaz de orientar direções e o equilíbrio humano das pessoas. O controle atua no sistema vestibular do através de um dispositivo externo localizado logo atrás da orelha, que emite estímulos elétricos podendo controlar a direção que uma pessoa vai andar no simples apertar de um botão. http://www.techzine.com.br/arquivo/controle-remoto-para-humanos/ Cientistas e empresas (como a Nippon Telegraph & Telephone Corp., companhia telefônica japonesa) de diferentes países estão se reunindo para implantar esta tecnologia em sistemas de realidade virtual, promovendo simulações mais reais, como transmitir por um playback os movimentos de uma bailarina ou uma ginasta olímpica para aprender ou apenas compreender esses movimentos. A tecnologia pode ainda direcionar um resgate em um túnel escuro ou poderá ser possível usar a tecnologia na medicina ajudando pessoas com problemas de equilíbrio como idosos (Dr. James Collins, professor de engenharia biomédica na Universidade de Boston).
Yuri Kageyama relatou sua experiência com o aparelho (http://www.ataliba.eti.br/node/357) explicando que um fone de ouvido especial foi colocado na sua cabeça durante uma demonstração recente no centro de pesquisa NTT. Ele enviava uma corrente elétrica de muito baixa voltagem da parte de trás das orelhas para toda a cabeça – fosse da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, dependendo para que sentido o joystick do controle remoto era movimentado. Ela achou a experiência exaustiva, pois tentava ir para frente, mas cambaleou de um lado para o outro. Daí sentiu uma vontade misteriosa e irresistível de começar a andar para a direita, sempre que o pesquisador movia o botão para direita. Ela pensava que essa era a única forma de manter meu equilíbrio, considerando o fenômeno é indolor, mas dramático, pois o pé começava a se mover antes mesmo que ela percebesse. Dizia sentir que uma mão invisível estava atuando dentro do seu cérebro.
Porém, é inevitável questionar os usos alternativos desse equipamento, voltando a nossa reflexão sobre a necessidade do ser humano em controlar a biologia. Podemos pensar desde uso em arsenais militares na confecção das chamadas armas “não-letais.” Timothy Hullar, professor assistente na Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, Mo., acredita levar um campo eletromagnético para o ouvido à distância pode transformar a tecnologia em uma arma para situações em que matar não é a melhor solução. Segundo o pesquisador “Essa pode ser a situação mais lógica para uma arma “não-letal” que, presume-se, faria seu oponente ficar tonto,” “Se você achar a freqüência correta, energia e tempo de aplicação, poderá esperar encontrar algo que não cause dano permanente, mas que te permitirá deixar alguém temporariamente fora de equilíbrio.” Parece que já existe uma empresa de segurança testando essa tecnologia.
Nossa imaginação pode nos levar à inúmeros cenários: imagina seu amado poder ser controlado via computador? Que outras idéias você teria para essa nova tecnologia????
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