Série
Ensaios: Sociobiologia
Por Renzzo
Henrique Lepinsk Lopes
Acadêmico
do curso de Ciências Biológicas da PUCPR
Marcelo Adnet foi fotografado em
uma situação, digamos, complicada. O ator, que é casado com a humorista Dani Calabresa, foi flagrado por um paparazzo beijando uma loira em uma das ruas mais
movimentadas do bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio.
De acordo com a
agência de fotos, o ator estava no bar Jobi, por volta das 2h da manhã (07/11/2014) quando começou a conversar com uma loira que estava próxima. O
papo regado a chope virou uma conversa mais íntima e longe do bar. A dupla foi
para uma rua mais reservada do bairro, onde trocou beijos e abraços sem
perceber que estava sendo fotografada. O ator ainda voltou para o bar onde
encontrou os amigos, e só saiu de lá por volta das 4h da manhã.
Segundo o fotógrafo,
Adnet e os amigos do humorista desconfiaram do flagra e questionaram o paparazzo sobre as imagens. Marcelo parecia nervoso depois de ter beijado a
menina e ficou andando pelas ruas, relatou o fotógrafo Rodrigo.
Em uma manifestação
rápida ao vivo durante o programa CQC (07/11/2014), Dani Calabresa deixou claro que o casamento com
Marcelo Adnet está mantido. Sem deixar claro
sobre o que estava falando, Calabresa disse que "todo mundo erra" e fingiu dar um beijo
na boca de Marco Luque, colega do programa
CQC. Completou, então: – Agora todas as pessoas perfeitas, os santos
canonizados já podem guardar as pedras – dando a entender que estava tudo
resolvido.
A
formação de um grupo social afeta peculiarmente o modo de ser e de agir de cada
um dos membros que o compõe. A maioria dos animais, ao longo de sua evolução,
foi se moldando à natureza da socialização. Esta necessidade comportamental
facilitou a sobrevivência das populações, estreitou a ligação entre indivíduos
de mesma espécie, e ainda, promoveu que os indivíduos se conhecessem e se
interdependessem.
A formação
de um casal ou a busca por um parceiro sexual na natureza é
algo essencial para socializar-se e para a reprodução, tanto que na natureza
ocorrem estratégias reprodutivas denominadas de monogamia. A
opção por se ter apenas um único parceiro sexual é uma socialização para fins
biológicos e uma estratégia para que as espécies tenham sucesso.

A
fidelidade não é comum nos animais. São poucas espécies que
escolhem e permanecem com um único parceiro para o resto da vida, como o lobo.
E, com o avanço da genética, a infidelidade está sendo comprovada em animais
que eram considerados extremamente fiéis. Mas a infidelidade no mundo animal
tem uma vantagem natural. No caso da fêmea, trair o companheiro aumenta as
chances de ter um filhote de sucesso. Se ela tiver todos os filhotes com o
mesmo parceiro, corre o risco da genética do pai não ser tão boa e,
consequentemente, dos seus herdeiros não chegarem à vida adulta. Já os machos
mais fortes e dominantes têm a possibilidade de passar seus genes para uma
maior quantidade de filhotes, que irão garantir a sobrevivência de sua espécie. A prole de
alguns animais exige cuidados excessivos que precisam tanto da mãe quanto do
pai. Os filhotes ficam impotentes por muito tempo, e a mãe sozinha pode não dar
conta. Assim
como nos humanos, os hormônios da oxitocina e vasopressina atuam sobre a função
dopaminérgica influenciando o comportamento
monogâmico e a união entre casais animais.
Eu como formando em Biologia acredito que os casos de
infidelidade, tanto humana quanto animal, são devido à características
evolucionistas e com bases genéticas, como demonstrado em vários estudos, onde,
a adaptação para a sobrevivência da espécie se sobrepõe às relações entre
casais, garantindo uma prole mais eficiente e com genes mais fortes. Porém,
existe todo um contexto externo aos indivíduos que influenciam as atitudes em
relação à infidelidade.
O
presente ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia II se baseando nas
seguintes obras:
ALCOCK, J. (2011). Comportamento animal:
uma abordagem evolutiva. Porto Alegre, Artmed Editora, XVII+ 606p.[Links].
Wilson, E. O. (1981). Da natureza humana.
TA Queiroz/Ed. da.
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